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Compartilhe a sentença de morte.




O embrião desse livro vem de 2012, quando houve um caso de linchamento de um inocente da região do Campo Grande, em Campinas. Aquilo me fez refletir sobre como uma pessoa inocente não está livre de ser morta de uma forma brutal por estranhos convictos de que ela mereça esse fim. Em 2014, ocorreu outro caso famoso de linchamento no Guarujá, no estado de SP. Na verdade, o Brasil é um dos países no mundo com maior número de justiçamentos. Tais casos não saíam da minha cabeça e a ideia de ser morto injustamente começou a me dar raiva. Pensei, inclusive, se a minha alma conseguiria descansar em paz de tanta raiva que meu espírito ainda sentiria.

Também comecei a refletir sobre como as pessoas se deixam levar tão facilmente pelo calor do momento: não fazem nenhum questionamento de uma acusação sem provas, agindo sobre a certeza de anonimato e como não se sentiriam responsáveis por não terem sido os únicos a participar do linchamento.

Outra questão a ser questionada foi como simples boatos são o suficiente para convencer alguém. Informações falsas são espalhadas principalmente pelo Facebook nos tempos atuais. É incrível como muita coisa é tomada como verdade sem averiguação dos fatos. Quando vi mais de uma postagem nas quais aparecia apenas uma foto de alguém com um texto acusatório embaixo, percebi como uma pessoa pode ser condenada à morte apenas por um compartilhamento irresponsável. Foi então que decidi escrever um romance me imaginando na situação de ser linchado e escolhi o título “Compartilhe a sentença de morte.”

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