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primeiro livro ​ uma tragédia de solidão

Quando tive a ideia de escrever um romance, na verdade queria me debruçar sobre a questão da pedofilia. Pretendia analisar o tema por um ponto de vista não exatamente inédito, mas também não muito falado (não direi qual ponto de vista aqui para não dar spoiler). A prisão nem fazia parte do esboço original. Ironicamente, a situação quase se inverteu totalmente e o maior destaque do livro é o ambiente carcerário. Como já tinha interesse no tema desde o colegial, e já havia até pretendido ser um agente penitenciário, eu acumulara muito conhecimento da área. Como era meu primeiro livro, decidi explorar um assunto que já estava na minha cabeça fazia anos. O resultado foi um retrato tão realista da vida em uma prisão de segurança máxima americana que até me perguntaram se eu já tinha sido preso.

Tentei “ir para a cadeia” duas vezes, uma através da pastoral carcerária (fui o primeiro naquela pastoral a se voluntariar sem alguém pedir antes, os missionários até ficaram surpresos) e outra pedindo um favor a um amigo que era carcereiro. Nenhuma das duas deu certo. Imaginei que a única via restante seria cometer um crime, mas não parecia uma boa ideia e tive que me virar com as pesquisas pessoais. Acredito eu que, em nosso primeiro romance, por ainda estarmos nos habituando, naturalmente recorremos aos temas que nos acompanharam por boa parte da vida. Colocamos muito da nossa visão pessoal de mundo no primeiro escrito. Eu fiz isso com os personagens principais, especialmente com o protagonista, e também com o ambiente que retratei. Mesmo nunca tendo estado lá pessoalmente.

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